O Telefone, ao nos unir, nos separa.

Os antigos atribuiriam ao campo da educação. É aquela relativa aos bons modos. E neste campo, o telefone hoje, com toda sua mobilidade, suas funcionalidades, seu simbolo de status e superioridade, sim este pequeno (isto hoje pois, acreditem, no passado, no tempo dos antigos, pesava mais de dois quilos) aparato tecnologico, repito, pelos conceitos dos antigos, seria um constante e latente ato explícito de falta de educação. Já para os pensadores, ele, O telefone que nos une, nos separa.

Está voce e alguem frente a frente conversando. O que acontece?  ele, o alguem, atende o telefone. Tá no banco falando com o gerente. O que acontece? Ele, o gerente, atende o telefone. Tá down, depre no ombro do amigo. O que acontece? Ele, o amigo, atende o telefone. Tá na reunião, no auge da exposição, tentando convencer a nação, de como voce vai economizar o milhão e, o que acontece? Ele, o chefe e todos da reunião, atendem o telefone.

Daí, preguntinha: para que ficar junto se, separados o telefone nos une mas, quando juntos, o telefone nos separa? Pensou? Não pois, ........, o telefone tocou. Ok depois nos falamos.

Trim Trim...

hoje voce prestou atenção em uma criança?

Não? Então perdeu mais um momento de aprendizado profundo. Perceba, da próxima vez,  escondido sob a suavidade daquela tez, quanto sapiência, confinança e sensatez. Sapiência que se mostra na simplicidade, sem engenhosidade, das perguntas e afirmações. Confiança embutida naquele ato singelo, simples de esticar o bracinho, tendo na ponta uma mão frágil, bela, doce macia que, com toda a força que ela carrega, segura no seu dedo. Sim, só seu dedo é o suficiente para sustentá-lo, salvá-lo. Da sensatez, deduzir o conteúdo, lhe digo leitor, é a sua vez.

Criança.... Diz na globo esperança.... E traduzimos isto com donativos via telefone. Quão distante nos tornamos de nossos atos e dos receptores dos mesmos.

O Telefone, este ser tecnologico que nos une, acreditem, nos separa.

Ah e a criança, a criancinha mesmo, nem usar o telefone sabe. É por isso que ela pega no nosso dedo. Senão, mandaria um torpedo? Ou titubiaria, antes do contato, com medo? 

E amanhã, voce prestará atenção a uma criança? Ou, este blog, em nada comunicará e, se apagará da lembrança?

hoje choveu em 2h o total de março

Lógico que isto aconteceu em Sampa. Não, nao tinha Caetano cantando na Ipiranga com São João e a garoa, ah a garoa, alguém da nova geração sabe o que é? Isto rapaz, letra de música. De Caetano. Bem, temos tempo de sobra pois mais de 60 pontos alagaram, sei não quantos cruzamentos fecharam pois, o semáforo, bem ele não acendeu. Parou. E o trânsito, parou também....

Enquanto isso, garoa, alguém já lembrou quando foi a última?

Talvez em Itaici, no reduto do bispado brasileiro, Papai do Céu ainda fabrique garoas? Densas, finas, persistentes, perenes......

E Caetano, talvez lá onde sua mãe (aqui é a mãe dele) está. 

E tu? está onde sua paz está? Está onde sua felicidade chegará? Teresa, que acompanha meus posts, falou sobre ela. Sentiu tudo dela... E tu? Parou ? No trãnsito, na padaria ou na Ipiranga com São João.? Confuso? Não, só o link entre o passado que não consegue ficar e o futuro que lá não estará?

Agora parou?

Quando chegar lá, lá não existirá!

Interessante como o tempo nos forma, nos molda, nos faz ver e analisar à nossa volta. Então, se há diferença no tempo chamado idade, então haverá diferença na nossa análise, partindo de diferentes idades.

Sous das antigas, do tempo quando dinheiro vinha como resultado do trabalho e, quando vinha sem trabalho, certo e reto, destino final era o xilindró. E a informação então, ela existia somente lá na biliblioteca municipal que, só era acessível via ônibus (observem que devo estar totalmente out quando o assunto for reforma ortográfica). Barbaridade, nada de wi-fi? E tinha que consultar uma mulher antes de acessar o livro? Sim, era isto e, desta forma deveras laboriosa se construia o conhecimento.

Hoje, hoje não. Informação até no dial do rádio do carro. Entretanto, tendo gulgado TUBARÃO, ficou a duvida: cidade, porto, aninal ou desenho? Ah, conhecimento advindo destas informações? Não sei, faltei na aula que dizia o que era para procurar mas, não é bárbaro que achei 300% a mais, seja qual dos quatro tenha sido o assunto? 

É isto, deste jeito nossos moleques e molecas, chegarão mas, o mundo lá estará?

3.238.500.001,5 . Isto mesmo?!!!

Eh, faço anos hoje, no dia Internacional da Mulher. Lógico que fiquei contente com os telefonemas (quando nao tinha a tecnologia a gente ia na casa da pessoa, lembram?) e os e-mails (tá certo que alguns escrevem porque o site manda um avisinho, né?) mas, tudo bem. 

Daí, alguns aproveitaram e mandaram um "aproveita e manda parabéns para a querida mulher, afinal, hoje é dia dela....." Ai, ai!

Epa, disse eu, quantas pessoas tem no mundo? Entrei no google e voilà, surgiu 6,477 bilhões. Daí, meu tão treinado cérebro de engenheiro logo pensou: se cerca de 50% das pessoas são mulheres então, hoje, eu so algo como um em algo de bilões, ou seja, matematicamente, (1/(6.477.000.000*50%)) no momento de ganhar os parabéns.

Sic! só isso? Não me dei por vencido. Adicionei a esta equação a minha pessoa, humilde talvez, eu mesmo sim e, melhorei o resultado (1/((6.477.000.000+1)*50%)).

Epa, pouco ainda então, a lembrança de última hora me salvou: e meu lado mulher se adicionou. Nova equação (sim pois aqueles que falam fórmula, referem-se à quimica....rs rs) surgiu para representar minha significância, qual seja, (1/((6.477.000.000+1+0,5)*50%)).

Pensei, pensei e, neste meu dia natalício me dei por vencido: FELIZ DIA DAS MULHERES...

Março começou!

Faço 50 anos. O tempo passou e algumas coisas já esqueci. Outras, não. Umas, que lembro, me dão saudades. Outras, tristeza. Aprendi uma frase muito significativa: Vida, ah a vida é aquilo que acontece quando estamos ocupados tentanto realizar nossos planos.

Forte para mim.

Traz no seu bojo algo a saber: ela, A Vida,  é maior que nós e, deveríamos prestar atenção a Ela e não aos nossos próprios planos. A que dimensão, reduzidíssima, somos impelidos diante desta grandeza esmagadora, envolvente, comovente. Somos pequenos mas nos atribuímos imensos. Somos algo quando nossa unicidade se faz grupal mas, nos atribuímos poder.

Pequenos, dentre uma pequena fenda na rocha da existência.

Faço cinquenta anos consciente que sou uma pequena fenda. Que em mim apareça, por milagre, uma planta agora, uma flor daqui à pouco e , ao florir, chame a todos a atenção para quão belos seremos ao nos conscientizar que somos fenda, no grande rochedo da Vida. 

Faço 50 anos querendo ser Vida.